A COMISSÃO EUROPEIA ESTUDA A POSSIBILIDADE DO TRANSPORTE MARÍTIMO ROBOTIZADO
A possibilidade técnica de construir um barco que possa navegar sem tripulação, teledirigido, existe desde há algum tempo. As normas do direito marítimo, prolixas e de carácter internacional, representaram até agora uma barreira inultrapassável. Parece impossível o arranque de um protótipo que possa ser posteriormente comercializado ante a contundência dos convénios da Organização Marítima Internacional e da própria Convenção das Nações Unidas para o Direito do Mar (UNCLOS, em siglas inglesas).
No entanto, a Comissão Europeia aprovou o projeto que lhe apresentaram diversas empresas e organismos de países membros para o estudo técnico, económico e jurídico de uma embarcação mercante robotizada, que possa navegar sem gente a bordo. O projeto Maritime Unmanned Navigation Through Intelligence in Networks (MUNIN), pretende desenvolver um modelo de barco que possa eventualmente navegar sem tripulação, dirigido por controlo remoto.
Para a justificação do projeto, destrutor de emprego líquido, a Comissão Europeia invoca o espírito inovador europeu, os exemplos dos modelos aéreos e dos veículos que podem circular sem intervenção do condutor (a Audi acaba de apresentar um modelo espetacular), e os acidentes marítimos graves que se produzem devido a erro humano. Destruição de emprego, claro, mas maior segurança e maiores benefícios para as empresas, diz a Comissão Europeia.
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