Três organizações marítimas para o bem-estar dos homens do mar, a Associação Internacional do Marinheiros Cristãos (ICMA), a Associação Internacional de Saúde Marítima (IMHA), e a Rede Internacional das Associações Marítimas de Assistência e Bem-Estar (Iswan), estão chamando pedem aos governos da UE que reconheçam o papel-chave dos marítimos no resgate de migrantes no mar.
Estas organizações enviaram uma carta a todos os chefes de governo pedindo com urgência que mais recursos sejam mobilizados para busca e salvamento no Mediterrâneo.
Nos últimos 17 meses mais de 5.000 migrantes morreram ao tentar cruzar o Mar Mediterrâneo. Felizmente, os marítimos mercantes são responsáveis pelo salvamento de dezenas de milhares de vidas. Em 2014 os marítimos a bordo de 800 navios mercantes resgataram 40.000 migrantes. O seu papel no resgate em grande escala dos migrantes deve, por isso, ser reconhecido e elogiado.
No entanto, os governos da UE ainda contam com a bondade dos marítimos e com o cumprimento das suas obrigações legais para lidar com uma tragédia humana a uma escala sem precedentes em vez de facilitar recursos suficientes para salvar a vida dos migrantes. Os navios mercantes e as suas tripulações não estão equipados ou treinados para lidar com salvamentos em grande escala.
Os marítimos são, muitas vezes, obrigados a arriscar a sua própria segurança nesses resgates em grande escala. Enfrentam ainda outras situações como a recuperação de corpos e lidar com os homens (doentes ou feridos), mulheres e crianças que podem ter um efeito psicológico perturbador sobre eles podendo precisar de aconselhamento ou outras formas de apoio.
Os marítimos não são um substituto para busca e salvamento de refugiados e não devem ser usados pelos governos da UE como uma forma conveniente de ignorar um problema difícil na soleira da porta da Europa. É necessário pessoal com formação profissional para esta árdua e humanitária tarefa.
Os marítimos não são um substituto para busca e salvamento de refugiados e não devem ser usados pelos governos da UE como uma forma conveniente de ignorar um problema difícil na soleira da porta da Europa. É necessário pessoal com formação profissional para esta árdua e humanitária tarefa.
As três organizações pediram aos governos da UE que tome medidas urgentes para dar mais recursos para o salvamento de vidas no Mediterrâneo e para não colocar os marítimos mercantes numa situação nada invejável.
Uma cópia da respetiva carta pode ser baixada aqui ( migrantes Comunicado de imprensa no mar ).
Detalhes de contato das diferentes organizações:
IMHA – Dr Alf-Magne Horneland alf.magne.horneland@helse-bergen.no IMHA - Dr. Alf Magne-Horneland alf.magne.horneland@helse-bergen.no
ISWAN – Roger Harris roger.harris@iswan.org.uk Iswan - Roger Harris roger.harris@iswan.org.uk