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terça-feira, 2 de setembro de 2014

O primeiro que compreendeu como o mundo estava a mudar

Há cem anos, no dia 3 de Setembro de 1914, era eleito o Papa Bento XV
 
Se o conclave de 1903 foi cheio de tensão por causa do veto austríaco, o de 1914 foi até agitado devido a um evento ainda mais dramático: a guerra. Com efeito, os cardeais entraram em clausura no dia 31 de Agosto, exactamente um mês depois do início do conflito. Eis quanto escreve Gianpaolo Romanato sublinhando que se tratava de eleger o novo Papa quando em todas as frentes da Europa já corriam rios de sangue.

Os grandes eleitores foram 57 em relação aos 65 que tinha direito. Oito não estavam presentes, ou por causa da distância ou pelas condições de saúde. O equilíbrio, mais uma vez, foi garantido pelos 31 purpurados italianos, que contudo não constituíam a maioria. A Itália tinha-se declarado neutral e, portanto, a eleição de um italiano parecia a menos comprometedora, mas diversos nomes (Domenico Ferrata e Antonio Agliardi, sobretudo) tiveram que ser descartados devido ao serviço diplomático precedentemente prestado nas capitais naquele momento em guerra. Podiam ter amadurecido simpatias, contraído dívidas, estabelecido vínculos. Por conseguinte, a lista de nomes reduziu-se e na pequena chalupa dos nomes dos sobreviventes (o beneditino Domenico Serafini, o cardeal Vigário Basilio Pompilj, Pietro Maffi de Pisa) sobressaiu a candidatura do arcebispo de Bolonha, o cardeal Giacomo Della Chiesa. Tinha sessenta anos, uma longa experiência diplomática (mas amadurecida na Espanha, longe dos territórios em guerra) e também na Cúria. Desde há sete anos residia em Bolonha, facto que tinha contribuído para completar o seu curriculum, enriquecendo-o com um amplo alcance pastoral.
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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Paz para a Ucrânia

No Ângelus o apelo do Papa Francisco no dia em que se celebra a festa nacional




O Papa volta a invocar «paz e serenidade» para a Ucrânia, onde o persistir de «uma situação de tensão e conflito» provoca «tanto sofrimento entre a população civil». 
No Ângelus de domingo 24 de Agosto, dia em que o país celebra o aniversário da independência, o Pontífice dirigiu o seu pensamento àquela «amada terra» e convidou os fiéis na praça de São Pedro a recitar uma Ave Maria à «Rainha da paz», rezando em particular «pelas vítimas, pelas famílias e por quantos sofrem».
Anteriormente, referindo-se ao trecho evangélico da liturgia dominical que narra a profissão de fé de Pedro, o bispo de Roma tinha recordado que no desígnio de Jesus a Igreja é «um povo fundado já não na descendência, mas na fé». Desta comunidade «a pedra fundamental é Cristo»; por seu lado, «Pedro é pedra, enquanto fundamento visível da unidade». Mas, esclareceu Francisco, «cada baptizado está chamado a oferecer a Jesus a própria fé, pobre mas sincera, para que ele possa continuar a construir a sua Igreja».
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